Toda e qualquer atividade humana exige o uso de ferramentas, e na eletrônica precisamos de ferramentas básicas, sem as quais o exercício fica difícil, cada ferramenta em sua função. Compra as mais baratas, não é uma boa estratégia, já que ferramentas de segunda linha se desgastam logo, quebram-se facilmente, oxidam, perdem o corte ou pressão. O conveniente é fazer cuidadosa pesquisa de preço e qualidade, obter um ferramental de boa qualidade, durará muito mais tempo.
As principais ferramentas são:
1. Alicate
de Bico;
2. Alicate
de Corte;
3. Chaves
de Fendas;
4. Faca
de bancada (estilete);
5. Ferro
de Solda.
ALICATE DE BICO – O ideal
é um modelo pequeno, de preferência com cabo isolado. A ferramenta é usada para
prender, desentortar, entortar, modificar posições de terminais, segurar
porcas, etc. Para os delicados trabalhos em eletrônica, não serve aquela região
cortante normalmente embutida junto ao eixo dos alicates universais de
eletricistas.
ALICATE DE CORTE – Uma ferramenta
mais que essencial em eletrônica. Assim como ocorre com o alicate de bico, a
ferramenta deve, preferencialmente, ter seu cabo isolado. Para os delicados
trabalhos em eletrônica, não serve aquela região cortante normalmente embutida
junto ao eixo dos alicates universais de eletricistas.
CHAVES DE FENDAS – Apenas
duas boas chaves bastaram de início, uma com boca pequena (2 a 3mm) e outra com
(5 ou 6mm) e o cabo um pouco mais longo e reforçado. Como se trata de uma
ferramenta de preço relativamente baixo, quem quiser pode encontrar kits ou
conjuntos, contendo chaves de vários tamanhos.
ESTILETE (FACA DE BANCADA) – Um
bom estilete ou faca de bancada, no dia-a-dia da eletrônica, tem uso constante
(desencapar fios, raspar terminais sujos ou oxidados). Bons estiletes com lâminas
trocáveis não são tão caros.
FERRO DE SOLDA – São basicamente classificados quanto à sua wattagem ou potência. Quanto maior a wattagem, mais calor o ferro pode desenvolver e maior também seu tamanho físico. Os chamados ferros leves, de baixa wattagem (máximo 30 watts) são pequenos, de manuseio confortável, têm ponta fina (própria para a soldagem dos minúsculos componentes smd) e se aquecem rapidamente. Os ferros de boa qualidade costumam ter resistência aquecedora mais resistente e durável, pontas mais fáceis de estanhar e limpar, além de um manuseio mais confortável. Outro fato importante a se considerar é a viabilidade de se substituir pontas e resistências aquecedoras.
Para realizar uma boa soldagem, a sequência é simples, e com o tempo se torna automático, bastando respeitar as seguintes etapas:
1. Todos os terminas, pontas de fios ou parte metálicas envolvidas devem ser rigorosamente limpas. Partes oxidadas ou sujas podem ser raspadas com uma lâmina, esfregadas com esponja de aço ou lixa fina até que o metal fique brilhante, livre de qualquer depósito que possa obstar uma boa soldagem.
2. Para ligar terminais ou fios diretamente um no outro, depois limpos eles devem ser provisoriamente fixados entre si, em terminais fininhos, uma leve torção é suficiente, para terminais mais grossos exigirá o auxílio do alicate de bico.
3. Antes de começar a soldagem, o ferro deve ser ligado e esperar ele atingir o ponto máximo de calor. Com o estilete ou uma lixa, limpe a ponta do ferro (já aquecido). Estanhe a ponta quente, encostando, por alguns segundos, a solda, de modo que a ponta fique recoberta por uma pequena cama de brilhante solda fundida.
4. Encoste primeiro a ponta aquecida do ferro na junção a ser feita. Um ou dois segundos são suficientes para que as partes metálicas envolvidas atinjam a temperatura necessária. Em seguida, encoste o fio de solda na junção. Se a junção estiver limpa e aquecida corretamente, a solda funde e se espalha uniformemente, realizando uma ligação perfeita.
A SOLDA – Tão importante quanto usar o ferro correto, e adotar os procedimentos aqui enumerados, é trabalhar com uma solda específica para eletrônica. Soldas finas para pequenos componentes e terminais, fios de baixo calibre e necessidade de ligações rápidas. É importante usar-se apenas solda com ligas 60/40 ou 63/37, que alguns fabricantes já standartizaram na codificação, através do uso de embalagens nas cores azul ou coral. Soldas codificadas com as cores standartizadas verde ou marrom, apresentam ligas que se fundem em temperaturas mais altas do que a suportável pelos componentes comuns.
OUTRAS TÉCNICAS E FERRAMENTAS – para montagens mais avançadas, ou para atividades profissionais, onde a rapidez e bom acabamento sejam absolutamente essenciais, existem técnicas e ferramentas obviamente mais sofisticadas.
Por Gricer Jr
Técnico da Griço Eletrônica e Informática
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