Os diodos se dividem basicamente em três categorias: os bons condutores, os maus condutores (isolantes) e os semicondutores... os semicondutores são materiais ou elementos naturais que constituem a matéria prima de toda a moderna eletrônica, uma vez que permitem a fabricação dos diodos, transistores, circuitos integrados, etc., a um nível mais sofisticado e miniaturizado.
Ao lado dos transístores, os
diodos são componentes muito importante, quase onipresente nos modernos
circuitos eletrônicos. Na sua essência, um diodo é um componente muito simples,
cuja a única habilidade é permitir a passagem da corrente elétrica num sentido,
vetando tal passagem no sentido oposto. O símbolo adotado para representar o
diodo nos diagramas de circuitos, diz muito dessa sua habilidade ou
propriedade, uma seta, dando a nítida idéia da “mão única” que o componente
oferece. Seus terminais são denominados Ánodo (A) e o Cátodo (K) e diversas
codificações são adotadas pelos fabricantes para indicar claramente esses
terminais.
O modelo mais comum tem uma
pequena faixa ou anel, em cor constante, indica sobre o corpo cilíndrico do
componente, a posição do terminal de catodo (K). A corrente elétrica é uma
espécie de fluxo ou deslocamento dos elétrons, esse fluxo se desenvolve através
de qualquer condutor ou componentes, emfim, através de um circuito. Para que
possa conduzir ou permitir a passagem dos elétrons, um material qualquer deve
apresentar elétrons livres, ou seja, uma estrutura atômica muito rígida,
praticamente sem elétrons livres dificultam enormemente a passagem da corrente,
já que os tais elétrons livres funcionam como portadores da corrente, como que
levando-a através da estrutura atômica do material.
Já os materiais semicondutores
apresentam especiais características físicas. O germânio e o silício são
semicondutores dos mais usados em eletrônica. Em estado natural esses elementos
são quase isolantes, principalmente sob temperaturas normais ou ambiente.
Entretanto, se aquecidos, tais elementos permitem a passagem da corrente com
mais facilidade.
Adicionando industrialmente
determinadas impurezas à estrutura dos germânios ou do silício, é possível, por
exemplo, fazer com que tais materiais passem a conduzir a corrente como um
metal, através dos elétrons livres. Os poderes dos diodos, não
são, contudo, infinitos. Como todo e qualquer componente eletro/eletrônico, os
diodos também tem seus limites ou parâmetros, que não podem ser ultrapassados na
prática, sob pena de dano ao componente. Os principais limites dos diodos são:
- Máxima Corrente Direta (IF),
ou seja, a maior corrente que o componente permite transitar, quando polarizado
no sentido direto.
-Máxima Tensão Reversa (VR) ou
seja, a maior voltagem que o diodo é capaz de segurar, quando polarizado em
sentido inverso.
Esses parâmetros são os mais
importantes e devem sempre ser levados em conta. Os dados do IF e VR,
normalmente, apenas podem ser obtidos nos próprios catálogos dos fabricantes.
Precisamos saber usar as características e limites dos diodos. O parâmetro
máximo corrente direta (IF) de um determinado diodo deve ser sempre maior do
que a corrente que realmente percorrerá o componente, sob funcionamento normal
e constante, no circuito ou dispositivo no qual esteja instalado. Como normal
geral, devemos utilizar um diodo com IF de 1,5 a 2 vezes maior do que a
corrente real calculada ou medida no circuito. Se isso não for respeitado, o
componente irá se aquecer e, sob funcionamento prolongado, terminará
queimando-se. Assim, por exemplo, se um cálculo ou medição determinar uma
corrente real de 0,6ª num certo diodo, devemos usar um componente com IF de 1ª,
para dar a devida folga e garantia de funcionamento sem problemas.
Também o parâmetro máxima
tensão reversa (VR) deve ser consideravelmente maior, na prática, do que o
valor calculado ou medido. A margem de segurança recomendada é também de 50% a
100% (1,5 a 2 vezes), com que o diodo que deva segurar uma tensão inversa de,
por exemplo 400V, convém que apresente um uma VR de 1000V, e assim por diante.
A queda de tensão natural dos
diodos, é outro parâmetro ou característica que embora muito raramente
mencionado, tem certa importância em algumas aplicações. A Queda de Tensão Direta (VF),
que nada mais é do que um certo degrau ou roubo de tensão que os diodos
automaticamente promovem na voltagem originalmente a eles aplicada. Isso se
deve a necessidade de ser vencida a barreira de potencial da junção
semicondutora. Nos diodos do germânio, essa queda de tensão, no sentido direto,
situa-se geralmente entre 0,2 e 0,4 volts, enquanto que nos componentes de silício
pode ficar entre 0,6 e 1,0 volts.
Esse parâmetro (VF) também
consta dos manuais e data books dos fabricantes, porém como essa característica
é mais ou menos fixa ao lardo de diodos para ampla gama de tensões e corrente.
Por Gricer Jr
Técnico da Griço Eletrônica e Informática
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