Circuito Impresso

Dois métodos de construção e implementação dos circuitos, barra de terminais (parafusáveis e sem solda) ou ponte de terminais (soldados). Embora primários, são funcionais, úteis e válidos. Inevitavelmente os projetos e montagens vão se adensando, requerendo cada vez um número maior de peças, que por várias razões, devem ser distribuídas e acomodadas em espaços não muito grandes. Nesse ponto, torna-se necessária a utilização de técnicas mais modernas e compactas de montagem, ou seja, o circuito impresso.


A base da técnica de montagem em circuito impresso é a placa virgem de fenolite na qual, uma das superfícies é revestida por uma película metálica fina de cobre. Existe também, para aplicações mais avançadas, a placa duble face (que é cobreada dos dois lados). Um lado da placa é cobreado e o outro não, a película metálica, que inicialmente recobre todo o lado da placa, é muito fina, de modo que, pela ação de ácidos específicos, pode ser removido em certas regiões. Protegendo-se partes da superfície cobreada com tintas especiais ou mesmo decalques plásticos ácidos-resistentes, após a ação do ácido, sobram padrões cobreados na forma de filetes (também de pistas ou trilhas) e pequenos círculos (chamados de ilhas ou bolinhas). É justamente esse padrão cobreado sobrante que perfaz as funções de interligar eletricamente os componentes, cujos os terminais são inseridos em furos estrategicamente feitos no centro das ilhas.

Os componentes são acomodados sobre a placa, pelo lado não cobreado, tendo seus terminais enfiados nos respectivos furos. Depois de inseridos nos seus lugares, os terminais dos componentes são soldados as ilhas, sendo que eventuais sobras, posteriormente são cortadas com alicate de corte.

Já deve ter ficado claro, que os filetes cobreados exercem a mesma função que os fios de ligações comuns, na inter-conexões dos componentes. Os resistores podem ser montados em pé ou deiditados sobre o lado não cobreado da placa. De modo geral, usamos a montagem em pé, quando queremos economizar espaço na placa. Já a montagem deitada permite que a cubicagem (volume) da montagem fique bem reduzida. Os diodos, de corpo cilíndrico e pequeno podem ser montados em pé ou deitados. Como são componentes polarizados, sempre seus terminais estão identificados no chapeado, ou através da letra “A” (para anodo) e “K” (para catodo), ou pela "faixinha" contrastante.

Os capacitores eletrolíticos, que são componentes relativamente grandes, podem ser montados em pé ou deitados. Em qualquer caso, a estilização no chapeado é muito clara, sempre com a polaridade dos terminais nitidamente indicada. Os transístores, componentes polarizados, existem em vários modelos e desenhos de encapsulamento. Para cada tipo, existe uma estilização básica na nossa norma: os de pequena potência, corpo em epoxy preto ou cinza, tem seu lado chato nitidamente referenciado na estilização; os metálicos, com um pequeno ressalto, te este também nitidamente estilizado no chapeado. Os de maior potência têm uma superfície metalizadas em um dos lados, ou espécie de lapela ou orelha metálica que sobressai na altura do componente. Em ambos os casos, esses pontos referenciais são claramente mostrados na estilização, de modo que a peça seja posicionada corretamente.

Muitas das peças costumeiramente usadas nos circuitos, são obrigatoriamente montadas fora da placa. É o caso dos potenciômetros, chaves, Jaques, push-buttons e afins. Tais peças são sempre estilizadas, nos chapeados de maneira inequívoca e claramente entendível. Para que o potenciômetro não seja ligado errado ou inverso, a condição de vista traseira ou frontal da peça é sempre mencionada. Chaves (para que nunca fiquem dúvidas, até o sentido de atuação das chaves é frequentemente indicado, através de "setinhas" e códigos. Jaques (muitas vezes são dotados de ligações blindadas, ou seja, feitas com o chamado cabo shieldado, que contém um condutor fino interno e isolado, revestido por uma malha metálica. O fio interno é chamado de “vivo” “V” e a malha é chamada de “terra” “T”. Todas essas codificações e identificações são sempre indicadas com clareza nos chapeados.

Em todo e qualquer caso as respectivas ilhas de ligação, frequentemente posicionadas junto as bordas da placa, estão sempre identificadas por letras, números ou códigos de referência, para facilitar ao montador encontrar “o quê liga no quê”. Os relês são relativamente grandes e cuja pinagem, muito específica e geralmente assimétrica, na prática não permitem que os terminais sejam escritos de modo errôneo na placa. De qualquer maneira, a estilização nos chapeados é também sempre muito clara.

Por Gricer Jr
Técnico da Griço Eletrônica e Informática

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