Os capacitores também são conhecidos pelos profissionais antigos de condensadores. Formados por conjuntos de placas de metal entre as quais existe um material isolante que define o seu tipo, se o material isolante for a mica teremos um capacitor de mica, se for poliéster, o capacitor é de poliéster. Quando encostamos uma placa na outra, ou oferecemos um percurso para que as cargas se neutralizem, interligando as armaduras através de um fio, o capacitor se descarrega.
As cargas ficam armazenadas no capacitor por
uma atração eletrostática que ocorre através do seu dielétrico. Em um capacitor
carregado sempre temos a mesma quantidade de cargas nas armaduras positiva e
negativa. A capacitância de um capacitor, depende de três fatores: tamanho das
armaduras, material do dielétrico e espessura do dielétrico.
Um tipo de material que se
comporta como um capacitor natural, sem a necessidade de armaduras, eletretos.
Nesse material, formam-se dipolos elétricos que se orientam de tal forma que de
um lado desse material se encontram cargas positivas e do outro as cargas negativas.
Podemos dizer que se trata de um “capacitor natural”.
Não confundir o mfd
de um capacitor antigo que significa microfarad, com mF que num capacitor
moderno significará milésimos de farad ou milifarad. Se bem que este
submúltiplo do farad raramente seja usado, devemos estar atentos. Picofarad
(pF) que é a milésima parte do nanofarad ou 0,000 000 000 001 F.
Em capacitores muito antigos
podemos encontrar o picofarad expresso como mmfd ou micro-microfarad e ainda µµF.
1 nF equivale a 1 000 pF e que 1 µF equivale a 1000 nF ou 1 000 000 pF. Os
nomes dados aos capacitores dependem justamente do material que é usado como
dielétrico ou eventualmente da tecnologia empregada.
A unidade usada para medir a
capacitância de um capacitor, o farad (F) é muito grande, assim os capacitores
que encontramos nas aplicações práticas têm capacitâncias sempre de frações de
farads (microfarads, nanofarads e picofarads). Capacitores pequenos com
capacitâncias gigantescas: são os chamados supercapacitores e hipercapacitores.
A carga de tais capacitores representa uma quantidade de energia tão grande que
eles podem ser usados como fonte de energia, substituindo pilhas em algumas
aplicações.
Alguns tipos de capacitores
são muito pequenos, o que dificulta a marcação direta de seus valores e outras
características importantes, como a tensão de trabalho que nos diz qual é a
máxima tensão com que um capacitor pode ser carregado sem que ocorra um
faiscamento entre as armaduras, rompendo o dielétrico e estragando-o. Essa
tensão pode variar entre alguns volts até milhares de volts, dependendo do
tipo.
Os Capacitores SMD são
formados normalmente por duas letras em um dígito. A primeira letra representa
o fabricante enquanto a segunda letra representa a mantissa do valor da
capacitância. O terceiro símbolo, que é o dígito representa o multiplicador ou
expoente em picofarads (pF). Por exemplo, KJ2 é um capacitor de um fabricante
desconhecido “K”, que tem 2,2 (J) x 100 = 220 pF.
Os capacitores eletrolíticos
SMD possuem um código especial de marcação de valores, apesar de suas reduzidas
dimensões, podemos ter 22 6V que consiste num capacitor de 22 uF x 6 V. Pode
ser usado um código especial formado de uma letra e 3 dígitos. A letra indica a
tensão de trabalho e os três dígitos consistem no valor, sendo os dois
primeiros dígitos o valor e o terceiro o multiplicador. O valor obtido é dado
em pF. A faixa indica o terminal positivo.
Em aparelhos muito antigos,
que usam capacitores de mica e cerâmica, podemos encontrar marcações que
utilizam códigos de cores na forma de pontos pintados no corpo do próprio
componente. Um capacitor raro é
o pin-up.
E o zebrinha,
que é um capacitor de poliéster
que pode ser encontrado em aparelhos antigos.
Um capacitor não queima, ele
se torna inoperante por dois motivos:
1. Ele
“abre”, ou seja, deixa de apresentar capacitância, mas ainda suas armaduras se
mantém isoladas.
2. Ele
entra em curto, ou seja, seu dielétrico deixa de ser isolante e uma resistência
muito baixa se manifesta entre as armaduras.
O capacitor pode apresenta fugas,
ou seja, o dielétrico que deveria ser um isolante perfeito passa a conduzir
alguma corrente apresentando certa resistência. Um caso comum nos capacitores
eletrolíticos ocorre quando por um dano qualquer o eletrólito em seu interior
vaporiza fazendo pressão o que causa um estufamento do componente. Em outros
casos, ocorre vazamento. Pela simples observação podemos perceber que este
capacitor está com problemas.
Capacitores variáveis - são
aqueles que, através de um sistema de atuação mecânica podemos modificar sua
capacitância a qualquer momento por um botão, encontramos em rádios comuns (não
digitais) em que a mudança de estações é feita girando-se um botão. Os
capacitores ajustáveis são aqueles que ficam no interior do equipamento e cuja
capacitância é ajustada através de uma chave de fendas comum ou especial. Um
exemplo de capacitor ajustável é o trimmer.
Os trimmers são capacitores de
ajuste com valores pequenos, normalmente de alguns picofarads. São
especificados pela faixa de valores que podem adquirir. Um trimmer de 2-20 pF é
um trimmer que pode ter sua capacitância ajustada entre estes dois valores.
Irradiação de interferências
e ruídos,
são problemas que podem ocorrer. As interferências e ruídos entram e saem dos
equipamentos de duas formas: pelos cabos que fazem as conexões a esses
equipamentos ou pelo espaço, na forma de campos. Para
evitar que interferências e ruídos sejam irradiados ou recebidos pelos
circuitos são usadas blindagens. Basicamente temos dois
tipos de blindagens a serem estudadas:
1. A
blindagem
eletrostática mais conhecida é a que se baseia no princípio da gaiola
de Faraday. Se envolvermos um corpo por uma gaiola ou blindagem
metálica, o campo elétrico no seu interior será nulo, ou seja, não há
penetração das linhas de força desse campo. As blindagens de componentes
sensíveis, fios e cabos, se baseiam nesse princípio e é fundamental que as
malhas ou as blindagens sejam aterradas, para que operem satisfatoriamente.
2. A
blindagem
magnética pode ser feita com determinados materiais, como o cobre e o
alumínio, que possuem propriedades diamagnéticas, ou seja, em lugar de
concentrar as linhas de força do campo magnético, as dispersam, a blindagem
desses componentes magnéticos ou de circuitos que sejam sensíveis aos campos
magnéticos pode ser feita com esses materiais.
Por Gricer Jr
Técnico da Griço Eletrônica e Informática
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