Também é um componente que
utiliza os efeitos magnéticos da corrente, no seu funcionamento. O arranjo de
um alto falante permite traduzir ou transformar energia elétrica pulsante (CC
pulsante) em energia mecânica, ou seja, o som, gerado pelos movimentos das
moléculas que formam o ar ambiente. A bobina é presa a um cone de material leve
e flexível e instalada em torno de um imã permanente. Esse imã fornece um campo
magnético constante e uniforme, dentro do qual a bobina está imersa. Quando a
corrente magnética percorre a bobina, esta funciona como um pequeno eletroímã,
gerando ao seu redor um pequeno campo magnético, proporcionando a corrente que
a excita. A interação magnética entre o campo permanente do imã e a variável da
bobina, faz com que essa se movimente para frente e para trás. Tal movimento é
transmitido ao cone flexível, que é relativamente livre devido sua fixação via
suspensão mecânica. O cone, por sua vez, transmite seu movimento ao ar que o
circunda. As rápidas movimentações das moléculas que formam o ar ambiente geram
pequenas compressões e descompressões que nada mais são do que o som,
percebidos pelos nossos tímpanos.
Para que a energia seja
transmitida com a máxima eficiência, do circuito para o alto-falante, é comum
que se deva promover um casamento na impedância (grandeza que determina a
resistência específica de um componente ou circuito a passagem da corrente
alternada ou pulsátil). Nesse caso aplica-se o componente conhecido como transformador
de saída, normalmente apresentando um primário (P) de impedância
relativamente elevada, e um secundário de impedância baixa
(idêntica à do alto-falante normalmente 4 ou 8 ohms), a impedância é medida em
ohms.
MICROFONE MAGNÉTICO
Um microfone magnético, também
chamado de dinâmico, nada mais é do que um alto-falante ao contrário, ou
seja, um tradutor ou transformador de energia, capaz de pegar energia mecânica
e entregar energia elétrica. A semelhança mecânica com o alto-falante é
flagrante: uma membrana leve e flexível é presa a uma pequena bobina, que pode
movimentar-se em torno de um núcleo formado por um imã permanente.
O GALVANÔMETRO
Graças a mencionada
reversibilidade dos fenômenos eletro-magnéticos, muitos outros componentes ou
funções podem ser obtidas, na prática. Dentre os que transformam eletricidade em
movimento, temos o galvanômetro e o motor de C.C..
Aparência externa típica de um
galvanômetro que é um medidor de corrente. Dependendo da escala ou capacidade
de medição do componente, ele pode ser chamado de microamperímetro, miliamperímetro
ou amperímetro,
respectivamente usados para indicar proporcionalmente corrente na casa dos microampéres,
miliampéres ou ampéres...
Galvanômetro são dispositivos polarizados
ou seja: seus terminais positivos e negativos são específicos, e não podem ser
ligados invertidos, sob pena de dano. Normalmente a polaridade dos terminais
vem marcada, com nitidez, na traseira do galvanômetro. A estrutura de um galvanômetro,
é uma pequena bobina móvel pivota em torno de um eixo, tracionada à uma posição
de repouso por uma mola finíssima e muito delicada. Essa bobininha localiza-se
no intervalo de um imã permanente em forma de “U” ou de um círculo
interrompido, de modo que as linhas de força do campo magnético gerado por tal
imã cortem as espiras da dita bobina... Um ponteiro, muito fino e leve, é preso
a bobina, pivotando em torno do mesmo eixo que a suporta. Ao aplicarmos tensão
aos terminais da bobina, esta é percorrida por uma corrente que gera, em torno
dela um campo magnético, diretamente proporcional, em força, à intensidade da
referida corrente. A interação entre o campo magnético fixo do imã e o
momentaneamente gerado pela bobina, que, por sua vez, é proporcional a corrente
que a percorre. Dessa maneira, pelo tamanho do deslocamento do ponteiro podemos
medir, com precisão, a tal corrente. Uma simples escala graduada, colocada sob
o ponteiro, permite ler analogicamente a intensidade da corrente. Quando cessa
a passagem da corrente pela bobininha, a pequena mola reconduz o conjunto móvel
a posição de repouso, que indica na escala, via ponteiro, o zero, ou seja,
nenhuma corrente passada.
Por Gricer Jr
Técnico da Griço Eletrônica e Informática
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