Corrente



Por Gricer Bento

13/05/2025, às 10:36


A corrente elétrica que é proveniente de pilhas, baterias, geradores ou fonte..., são chamadas de corrente contínua, ou seja: um fluxo de elétrons que flui continuamente, dependendo, contudo, do tipo de gerador, a corrente elétrica pode assumir outros comportamentos, que não um fluxo contínuo e unidirecional.


Os efeitos magnéticos da corrente, formam o alicerce de todos os pilares da eletrônica. A palavra circuito tem a mesma raiz do termo círculo, e seu significado é óbvio, algo cujo fim retorna ao seu começo, uma coisa fechada em sí própria, mesmo que sua forma real não seja circular. Observando o desenho de um autódromo de corridas de Fórmula 1 é fácil intuir esse conceito, embora nenhum dos autódromos seja perfeitamente circular, todos eles são chamados de circuito, simplesmente porque seus fins estão emendados com seus começos, de modo a permitir que os carros neles circularem indefinidamente, por quantas voltas se queira.

Uma forma elementar do circuito elétrico, é uma única pilha com seus terminais ligados a um único resistor. O sistema, assim fechado, permite a corrente circular pelo sistema. Há um percurso para o fluxo da corrente. Se qualquer dos polos da pilha estiver desligado do resistor, o percurso não estaria fechado, não haveria um circuito e consequentemente, não se verificaria o fluxo da corrente.

Uma pilha é capaz de fornecer porque tem tensão, ou seja, existe uma diferença de potencial elétrico entre seus dois polos ou terminais. Seu polo negativo tem sobra de elétrons, enquanto seu polo positivo os tem em falta. Enquanto persistir essa diferença, os elétrons saem do polo negativo e caminha na direção do polo positivo, buscando equilibrar o sistema, ou eliminar essa original diferença de potencial. Nesse caminho, contudo, tem que atravessar o resistor, que como seu nome insinua, exerce uma “dificultação” ou “resistência” à livre passagem dos elétrons, e assim determina a quantidade de corrente que, momentaneamente flui pelo sistema.

A corrente elétrica nada mais é do que um fluxo de elétrons e que sempre se verifica de onde estão sobrando elétrons para onde estão faltando, tendo de, nesse caminho, eventualmente vencer uma resistência.

Assim como já aprendemos nas lições anteriores, podemos calcular facilmente a corrente no circuito por meio da fórmula I=V/R. Ex.: I=1,5V/1500R = 0,001 A (1 miliampére). Convencionou-se, há muito tempo, indicar o fluxo da corrente do polo positivo para o polo negativo, na simbologia adotada universalmente para os componentes e circuitos eletro-eletrônicos, a corrente é sempre mostrada com setas apontando no sentido convencional, do positivo para o negativo e não no sentido eletrônico, do negativo para o positivo.

Uma interessante analogia pode ser feita a partir de dois recipientes (caixas d’agua), interligados por um tubo ou cano, junto as suas bases. Lembrando que uma pilha, por exemplo, fornece um fluxo constante de elétrons até que se estabeleça o equilíbrio entre os polos, ou seja, até que não haja mais “sobra” de elétrons no polo negativo, em relação ao positivo, colocamos bastante água em um recipiente, chamado de N1, até a boca e pouca, ou nenhuma água no recipiente, chamado de N2, o nível do recipiente N1 estará alto (sobrando água), enquanto N2 estará baixo (faltando água). Como nós fechamos o circuito entre os dois recipientes, através do cano que interliga suas bases, essa situação de sobra aqui e falta ali não pode perdurar, já que imediatamente a água começa a fluir, continuamente, do recipiente onde ela ”sobra” par o recipiente onde “falta”. Esse fluxo de água (analogia da corrente) é constante, só parando quando finalmente os níveis nos dois recipientes tornarem-se iguais. Nesse momento, embora os recipientes continuem interligados pelo cano não há mais fluxo.
 
Esse arranjo ilustra perfeitamente, por comparação e analogia, o comportamento da corrente elétrica, em relação a uma pilha carregada ou descarregada, num circuito fechado. Basta imaginar o fluxo d’água como sendo o fluxo de elétrons. É certo que a grande maioria dos aparelhos ou circuitos eletrônicos, nos aspectos fundamentais do seu funcionamento, são alimentados por corrente contínua, geralmente fornecida por pilhas ou baterias, de vários tamanhos ou capacidades. Mesmo os aparelhos eletrônicos de “ligar à tomada”, na verdade, lá dentro, são dotados de uma fonte que simplesmente transforma a corrente alternada da tomada em corrente contínua, para uso do circuito.

Entretanto, essa corrente contínua, não é a única forma de se fornecer corrente a um circuito. A energia elétrica também pode se fazer presente na forma de corrente alternada, ou seja, fornecida por um gerador ou fonte cuja polaridade se inverte ou se alterna num ritmo constante. A energia presente nas tomadas das paredes de sua casa, é fornecida na forma de corrente alternada, o positivo e o negativo se alternam, constantemente, dentro de um ritmo determinado, no caso, 60 vezes por segundo, o que se diz, tecnicamente, numa frequência de 60 Hertz.

Corrente Contínua e Corrente Alternada

CORRENTE CONTÍNUA é um fluxo de elétrons que flui continuamente sempre no mesmo sentido. Dependendo contudo do tipo de gerador, a corrente elétrica pode assumir outros comportamentos, que não um fluxo contínuo e unidirecional. O fluxo de elétrons se mantém enquanto a fonte da corrente contínua tiver energia para fornecer ao circuito e enquanto tal circuito esteja completo (fechado).


A palavra circuito tem a mesma raiz do termo círculo, onde o fim retorna ao seu começo. A forma mais elementar de um circuito elétrico: uma única pilha com seus terminais ligados a um único resistir, o sistema assim fechado permite à corrente circular pelo sistema. Há um percuso para o fluxo da corrente, se qualquer dos polos da pilha estivesse desligado do resistor, o percuso não estaria fechado, não haveira um circuito e consequentemente não se verificaria o fluxo da corrente. Em linguagem mais simples, uma pilha é capaz de fornecer corrente porque existe uma diferença de potencial elétrico entre seus dois polos, seu polo negativo tem sobra de elétrons, enquanto seu polo positivo tem falta, enquanto persistir essa diferença, os elétrons saem do polo negativo e caminha na direção do polo positivo, buscando equilibrar o sistema. Nesse caminho , tem que atravessar o resistor, que vai dificultar a livre passagem dos elétrons e assim determinar a quantidade de corrente que flui pelo sistema.Quando não houve mais sobras de elétrons no polo negativo em relação ao polo positivo, é quando dizemos que a pilha está descarregada.


CORRENTE ALTERNADA é fornecida por um gerador ou fonte cuja a polaridade se inverte num ritmo constante. A energia presente nas tomadas das casas é forneceda na forma de corrente alternada onde os dois polos se alternam num ritmo de 60 vezes por segundos, que se diz tecnicamente, numa frequência de 60 Hertz. Essa alternancia não se dá de uma forma brisca, não vai do zero a positivo ou de zero a negativo, ocorre de forma relativamente suave com subidas e descidas na forma de rampa.



Chamamos de senóide, daí o nome senoidal dado a forma de onda da corrente alternada. A sequência do zero ao pico positivo e novamente ao zero e depois ao pico negativo e retornando ao zero, dá-se o nome de UM CICLO.


O HERTZ (UNIDADE DE FREQUÊNCIA)


Em eletro-eletrônica, chamamos de frequência à grandeza que representa a velocidade com que esses eventos de alternância de polaridade de tensão se realizam. A unidade de frequência é o hertz, símbolo Hz, e deve ser interpretada da seguinte maneira:


1 HERTZ (1HZ) corresponde à ocorrência de 1 CICLO completo por segundo.


Assim quando dizemos que a corrente alternada domiciliar é de 60Hz, estamos afirmando que a polaridade da corrente se alterna de forma completa sessenta vezes por segundo. Da mesma forma quando uma emissora de rádio comercial diz que opera em 1.000kHz, está indicando que sua frequência de onda é de um milhão de ciclos por segundos, e assim por diante.


Um ciclo completo pode ser dividido para uma interpretação mais detalhada, em duas metades, uma acima do zero, chamado semi-circulo positivo, e outra abaixo do zero, chamado de semi-circulo negativo. Observe ainda que os pontos extremos são chamados de picos. Alguns preferem chamar o pico negativo de vale. Essas analogias são muito fácil de entender, já que o desenho da forma de onda assemelha-se muito a montanhas e vales. Em uma corrente alternada com forma de onda senoidal, a caracteristica de alternância constante e suave faz com que a cada momento, a grandeza tensão seja forçosamente diferente da verificada um instante antes. Verifica-se que num circuito alimentado pela correnta alternada domiciliar de 220v, nos momentos de picos, a tensão real sobre os componentes de tal circuito pode chegar a 311v.


Os componentes usados na corrente de 220v deverão ter uma tensão máxima de trabalho sensivelmente maiores do que 311v de pico, podem ser usado por exemplo capacitores para 400v ou 630v, para que não estourem. Tudo é interligado e independente nos diversos aspectos da eletro-eletrônica.


Por Gricer Bento 

Técnico em Eletrônica e Informática 

Instagram: https://www.instagram.com/gricerbento/

Proprietário/Técnico da Griço Eletrônica desde de 2001.

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