A corrente elétrica que é proveniente de pilhas, baterias, geradores ou fonte..., são chamadas de corrente contínua, ou seja: um fluxo de elétrons que flui continuamente, dependendo, contudo, do tipo de gerador, a corrente elétrica pode assumir outros comportamentos, que não um fluxo contínuo e unidirecional.
Os efeitos magnéticos da
corrente, formam o alicerce de todos os pilares da eletrônica. A palavra circuito
tem a mesma raiz do termo círculo, e seu significado é óbvio,
algo cujo fim retorna ao seu começo, uma coisa fechada em sí própria, mesmo que
sua forma real não seja circular. Observando o desenho de um autódromo de
corridas de Fórmula 1 é fácil intuir esse conceito, embora nenhum dos
autódromos seja perfeitamente circular, todos eles são chamados de circuito,
simplesmente porque seus fins estão emendados com seus começos, de modo a
permitir que os carros neles circularem indefinidamente, por quantas voltas se
queira.
Uma forma elementar do
circuito elétrico, é uma única pilha com seus terminais ligados a um único
resistor. O sistema, assim fechado, permite a corrente circular pelo sistema.
Há um percurso para o fluxo da corrente. Se qualquer dos polos da pilha estiver
desligado do resistor, o percurso não estaria fechado, não haveria um circuito
e consequentemente, não se verificaria o fluxo da corrente.
Uma pilha é capaz de fornecer
porque tem tensão, ou seja, existe uma diferença de potencial elétrico entre
seus dois polos ou terminais. Seu polo negativo tem sobra de elétrons,
enquanto seu polo positivo os tem em falta. Enquanto persistir essa diferença,
os elétrons saem do polo negativo e caminha na direção do polo positivo,
buscando equilibrar o sistema, ou eliminar essa original diferença de
potencial. Nesse caminho, contudo, tem que atravessar o resistor, que como seu
nome insinua, exerce uma “dificultação” ou “resistência” à livre passagem dos
elétrons, e assim determina a quantidade de corrente que, momentaneamente flui
pelo sistema.
A corrente elétrica nada
mais é do que um fluxo de elétrons e que sempre se verifica de onde estão
sobrando elétrons para onde estão faltando, tendo de, nesse caminho,
eventualmente vencer uma resistência.
Assim como já aprendemos nas
lições anteriores, podemos calcular facilmente a corrente no circuito por meio
da fórmula I=V/R. Ex.: I=1,5V/1500R = 0,001 A (1 miliampére). Convencionou-se,
há muito tempo, indicar o fluxo da corrente do polo positivo para o polo
negativo, na simbologia adotada universalmente para os componentes e
circuitos eletro-eletrônicos, a corrente é sempre mostrada com setas apontando
no sentido convencional, do positivo para o negativo e não no sentido
eletrônico, do negativo para o positivo.
Uma interessante analogia pode
ser feita a partir de dois recipientes (caixas d’agua), interligados por um
tubo ou cano, junto as suas bases. Lembrando que uma pilha, por exemplo,
fornece um fluxo constante de elétrons até que se estabeleça o equilíbrio entre
os polos, ou seja, até que não haja mais “sobra” de elétrons no polo negativo,
em relação ao positivo, colocamos bastante água em um recipiente, chamado de
N1, até a boca e pouca, ou nenhuma água no recipiente, chamado de N2, o nível
do recipiente N1 estará alto (sobrando água), enquanto N2 estará baixo
(faltando água). Como nós fechamos o circuito entre os dois recipientes,
através do cano que interliga suas bases, essa situação de sobra aqui e falta
ali não pode perdurar, já que imediatamente a água começa a fluir,
continuamente, do recipiente onde ela ”sobra” par o recipiente onde “falta”.
Esse fluxo de água (analogia da corrente) é constante, só parando quando
finalmente os níveis nos dois recipientes tornarem-se iguais. Nesse momento,
embora os recipientes continuem interligados pelo cano não há mais fluxo.
Esse arranjo ilustra
perfeitamente, por comparação e analogia, o comportamento da corrente elétrica,
em relação a uma pilha carregada ou descarregada, num circuito fechado. Basta
imaginar o fluxo d’água como sendo o fluxo de elétrons. É certo que a grande
maioria dos aparelhos ou circuitos eletrônicos, nos aspectos fundamentais do
seu funcionamento, são alimentados por corrente contínua, geralmente fornecida
por pilhas ou baterias, de vários tamanhos ou capacidades. Mesmo os aparelhos
eletrônicos de “ligar à tomada”, na verdade, lá dentro, são dotados de uma
fonte que simplesmente transforma a corrente alternada da tomada em corrente
contínua, para uso do circuito.
Entretanto, essa corrente
contínua, não é a única forma de se fornecer corrente a um circuito. A energia
elétrica também pode se fazer presente na forma de corrente alternada, ou
seja, fornecida por um gerador ou fonte cuja polaridade se inverte ou se
alterna num ritmo constante. A energia presente nas tomadas das paredes de sua
casa, é fornecida na forma de corrente alternada, o positivo e o negativo se
alternam, constantemente, dentro de um ritmo determinado, no caso, 60 vezes por
segundo, o que se diz, tecnicamente, numa frequência de 60 Hertz.
Por Gricer Jr
Técnico da Griço Eletrônica e Informática
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